Controle de parasitas na época do periparto é aliado estratégico dos produtores
- Home / Controle de parasitas na época do periparto é aliado estratégico dos produtores
O periparto, período que começa 30 dias antes e dura até um mês após o parto, é caracterizado por uma série de alterações que ocorrem naturalmente no organismo das férias. Essa fase delicada exige cuidados com a saúde e bem-estar dos animais para evitar prejuízos aos pecuaristas, como comprometimento da qualidade do leite e perdas econômicas associadas à queda no desempenho do rebanho.
Dentre os diversos fatores que devem ser monitorados, destaca-se o controle de parasitas. No periparto, o sistema imunológico das vacas fica naturalmente comprometido na função das alterações hormonais e metabólicas que as preparam para o parto, bem como para permitir o pleno desenvolvimento fetal e o estabelecimento da lactação.
Essa imunossupressão transitória compromete a capacidade do animal de controlar infecções parasitárias, permitindo a exacerbação dos efeitos negativos das infecções por parasitas internas, especialmente por vermes redondos (nematódeos) gastrointestinais. Consequentemente há queda na ingestão dos alimentos, que também podem ter sua digestão e absorção comprometida, além de alterações no metabolismo dos mesmos.
É importante ressaltar que durante o periparto as férias leiteiras passam pelo balanço energético negativo (BEN). Esse déficit de energia ocorre devido à produção do colostro e posteriormente ao leite, que se torna crescente até o surgimento do pico da lactação. Nessa fase as necessidades de energia são altas e crescentes, ocorrendo o BEN. “O BEN que ocorre normalmente nas vacas leiteiras pode ser agravado caso o controle das verminoses não seja realizado no periparto.
Estudos têm demonstrado (LIMA WS & GUIMARÃES MP, 1992; GENNARI et al., 2002; SILVA et al., 2012) um aumento crescente na quantidade de ovos de vermes redondos nas fezes das vacas a partir de 8 a 6 semanas antes do parto , culminando com máximas contagens na semana do parto. Este fato é importante e demonstra a relevância do controle dessas verminoses o mais próximo possível ao parto (por exemplo, na semana prevista para o parto) a fim de mitigar os efeitos negativos dessas verminoses, com destaque para a redução do apetite que agrava ainda mais o BEN”, explica Marcos Malacco, médico-veterinário e gerente técnico de pecuária da Ceva Saúde Animal.
A manifestação dos efeitos negativos das verminoses associadas ao déficit energético contribui para reduzir o potencial de produção de leite e impacto, até o mesmo retorno a reprodução pós-parto.
Na literatura é possível encontrar relatos do aumento súbito e crescente nas contagens de OPGF (Ovos de vermes Por Grama de Fezes) nas vacas leiteiras iniciando-se em torno de seis semanas antes do parto e com pico máximo na semana da parição. Na maioria das vezes os resultados desses contágios de OPGF retornam aos níveis anteriores, registrados no pré-parto, em torno de quatro a seis semanas após o parto. Esta constatação aponta de forma clara, que o momento mais crítico para controle das principais verminoses gastrointestinais ocorre no periparto.
Para reduzir o impacto negativo das verminoses é importante investir na prevenção. O pecuarista deve implementar um planejamento eficiente, que considere os seguintes pontos: idade dos animais, ciclo de vida dos parasitas e época do ano, além de protocolos para aplicação de vermífugos de alta eficácia e adoção de práticas de manejo adequadas.
O protocolo recomendado é a aplicação de um antiparasitário altamente eficaz o mais próximo possível da parição e no momento da secagem da lactação anterior. “O tratamento no dia da secagem visa auxiliar a recuperação geral das vacas leiteiras, proporcionando melhores condições para atravessar o período seco entre lactações. Já o tratamento no periparto visa reduzir, ao máximo, os impactos negativos das verminoses sobre a produção de leite e o não retorno da atividade cíclica ovariana normal, ou à reprodução”, explica Malacco.
Outro ponto de atenção nessa fase é o controle de parasitos externos, como os carrapatos, moscas do chifre e berne. Há ainda uma verminose determinada por larvas de verme redondo que parasita a pele dos animais, a Stephanofilaria spp. Esta verminose denominada estefanofilariose, popularmente conhecida como úlcera do útero, também pode causar uma série de prejuízos aos rebanhos. “Ela é relatada pelo surgimento de feridas ulceradas, geralmente nas partes baixas do abdômen, particularmente na região do úbere. As feridas coçam bastante e atraem moscas, o que leva a confiança e ao menor bem-estar nas férias. Essas lesões podem ser contaminadas por bactérias, incluindo aquelas que determinam como mastites”, detalha Malacco.
Desta forma, o controle das verminoses e dos parasitos externos nesta fase auxilia na manutenção da saúde e bem-estar das férias, além de contribuir para maior produção de leite e menor intervalo entre partos, pois pode contribuir para maiores taxas de prenhezes pós-parto ., quando estes animais são tratados no periparto.
Formulado com o princípio ativo endectocida denominado eprinomectina, o Eprecis® da Ceva é um antiparasitário que apresenta alta potência no controle das principais verminoses gastrointestinais, além de controlar importantes parasitos externos como os carrapatos, as moscas dos chifres e o berne. Além disso, Eprecis® é o único antiparasitário chancelado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) para o controle da estefanofilariose. O produto é seguro para vacas prenhes em qualquer estágio da gestação e apresenta período de descarte de ZERO dia para o leite das vacas tratadas.
Estudos realizados com a eprinomectina sendo empregada no periparto de vacas leiteiras (LITTLE et al., 2000; McPHERSON et al., 2001; NØDVET et al., 2001) e que envolveram mais de 3.400 vacas leiterias e avaliaram a produção leiteira até os 100 dias em lactação (100 DEL) nessas férias, ocorreu um aumento médio de 0,61 Kg de leite/vaca/dia ou +61 Kg de leite em média no período total da avaliação, o que justificou completamente o tratamento.
Além do trabalho de Eprecis mudar o controle das principais parasitas, é necessário investir em práticas de manejo ambiental, como rotação de pastagens, remoção de fezes e controle de umidade, medidas que também auxiliam no controle de parasitas e vetores de algumas parasitas. Reduzir a exposição de animais a larvas parasitárias no ambiente diminui o risco de reinfecção e contribui para a eficácia dos programas de controle.
“Um bom manejo, objetivando o bem-estar dos animais e a produtividade máxima na fazenda, combinando a associação de medidas de biosseguridade com protocolos de vermifugação utilizando produtos de ampla espectro, seguros, de alta potência e sem descarte para o leite das vacas contratuais. Isso possibilitará às férias melhores condições para que expressem seu potencial genético em termos produtivos na próxima lactação”, finaliza Malacco.
Fonte: Sucesso no campo