Calor afeta o desempenho das aves; solução está na ambiência e no manejo
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Nas últimas semanas, a temperatura atingiu 40ºC em diferentes regiões do território brasileiro. A ocorrência do El Niño contribui para essa incidência de calor excessivo, comprova nota conjunta do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). As altas temperaturas e o calor acima da média – que estão se tornando cada vez mais frequentes – afetam não apenas a qualidade de vida das pessoas, mas também diretamente o desempenho das aves de produção.
Em períodos quentes, as aves entram em estresse térmico e, por isso, passam a direcionar a energia – que seria utilizada para ganho de peso ou produção de ovos – para realizar os processos termorregulatórios, na tentativa de perder calor corporal para o meio. Algumas das respostas das aves sob estresse por calor são o aumento da frequência respiratória e a redução no consumo da ração. Todas essas alterações interferem no comportamento, no desenvolvimento e no bem-estar dos animais.
Nas aves de corte, o calor faz com que os animais demorem mais para atingir o peso de abate, além de piorar o rendimento de carcaça e comprometer a qualidade da carne. Já nas aves de postura, ocorre a queda na produção e na qualidade dos ovos.
Como as condições de temperaturas altas são cada vez mais constantes no Brasil, os avicultores devem ficar atentos ao comportamento das aves na instalação. O monitoramento constante dos índices climáticos tais como a radiação, umidade do ar, velocidade do vento e principalmente a temperatura é fundamental para garantir o bom desempenho das aves. Recomenda-se também contar com profissionais especializados para mitigar os efeitos do estresse no desempenho zootécnico das aves.
Galpões climatizados, com menor temperatura térmica e melhor isolamento, são essenciais para a garantia das condições ideais para a criação das aves, independentemente das condições ambientais da região. Desde que bem monitorados, foram anunciados os melhores índices zootécnicos. Já em galpões preventivos, o manejo de cortinas pode evitar a entrada direta de radiação solar e da chuva sobre as aves, além de ajudar no controle da ventilação. O uso de ventiladores e exaustores são aliados importantes para favorecer a troca de calor por convecção. Outros sistemas podem ser interessantes, como o uso de nebulizadores, em regiões de alta temperatura e baixa umidade relativa.
No caso das aves de postura criadas em gaiolas as instalações também devem ser bem projetadas para permitir boa circulação do ar, item essencial para controle do ambiente térmico. A água também deve estar sempre disponível e em temperatura adequada para as aves, já que o consumo de água pode aumentar até três vezes em situação de estresse por calor.
Em meio ao desafio do estresse por calor, garantir instalações adequadas é crucial para garantir o bem-estar das aves e manter o desempenho produtivo em alta. Afinal, estruturas bem projetadas levam materiais reforçados e de qualidade. A Belgo contribui nesse sentido ao trabalho com as tecnologias indicadas para a confecção das estruturas para avicultura mais resistentes. As da empresa incluem uma linha completa de arames com galvanização pesada e tecnologia bezinal, que protege as gaiolas contra a corrosão causada por soluções climáticas adversas, gerando mais durabilidade e menos necessidade de reparos. Por outro lado, os arames também estão presentes nas telas de cercamento que garantem a proteção das aves contra a entrada de dispersão e variação em galpões convenientes.
O bem-estar das aves deve ser uma prioridade – algo que, por incrível que pareça, passa pela qualidade de arames e gaiolas –, seja qual for o sistema de criação utilizado. As práticas de manejo adequadas cumprem papel fundamental na prevenção do estresse por calor e na promoção da saúde e do conforto das aves. Com isso, elas apresentam melhor desempenho produtivo, com redução de custos e um consequente aumento de rentabilidade.
*Amanda Dione, zootecnista, doutora em zootecnia pela Universidade Federal de Viçosa (UFV) e analista de mercado agro da Belgo Arames.
Fonte: Viviane Passerini – Texto Comunicação Corporativa/Sucesso no Campo