Segundo o estudo Produção Nacional de Fertilizantes, da Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos do Governo Federal, o Brasil é responsável por cerca de 8% do consumo global de fertilizantes, sendo o quarto país no ranking mundial, atrás apenas de China, Índia e Estados Unidos . Eles fornecem e fazem a reposição dos nutrientes necessários para as plantas, quando não presentes no solo, até atingirem os índices adequados para o seu desenvolvimento, alcançando o máximo do seu potencial, usando recursos de forma sustentável, ou seja, com menos desperdícios e maiores produtividade agrícola.
“A agricultura é diretamente impactada pelo crescimento populacional, uma vez que aumenta a demanda por alimentos. Por isso, corrija a nutrição do solo e das plantas por meio dos fertilizantes garante mais produção e, consequentemente, maior oferta”, diz Luís Schiavo, CEO da Naval Fertilizantes, empresa especializada em produtos biológicos, nutrição e tecnologia de aplicação para lavouras e pastagens .
Para uma escolha eficiente do fertilizante é necessário considerar vários fatores, como entender a necessidade da cultura a ser plantada. As Gramíneas, por exemplo, têm necessidades diferentes de leguminosas e fazem uma análise do solo varia muito, ainda que esteja dentro da mesma propriedade. “Há teores de argila diferentes entre os talhões, onde é fundamental ter um acompanhamento técnico para aplicar os fertilizantes na hora certa, e conseguir uma maior eficiência em cada estádio fenológico da planta, além de equipamentos adequados e armazenamento entre outros fatores”, pontua Schiavo .
Existem três tipos principais de fertilizantes: o químico, o mineral e o orgânico. Cada um deles possui características diferentes, que influenciam na sua usabilidade pelo agricultor.
Fertilizantes químicos – São os mais comuns na agricultura moderna. De maneira geral, eles contêm uma combinação de nutrientes nitrogênio, fósforo e potássio (NPK) e são vendidos como pó ou líquido. “Entre as vantagens do uso desse tipo de fertilizante é que elas são simples de aplicar e geralmente possuem um alto teor de nutrientes. Isso é importante, por exemplo, quando o trabalho precisa de uma reposição mais rápida de nutrientes”, explica Schiavo. “Entretanto, se tornam específicas ao meio ambiente e à lavoura se usadas em excesso ou se não forem aplicadas corretamente. Muitos produtores deixam para fertilizar o solo em cima do prazo da safra, acreditando que colocar mais fertilizantes, produzirá mais rápido, quando o resultado for exatamente o contrário”, completa.
Fertilizantes orgânicos – São feitos a partir de esterco, húmus de minhoca e composto. Eles fornecem nutrientes de forma gradual, ajudando a construir a fertilidade e também na melhoria da estrutura do solo. “O uso desse tipo de fertilizante geralmente contém menos nutrientes do que os fertilizantes químicos e, por isso, levar mais tempo para produzir resultados”, pontua o executivo.
Fertilizantes minerais – São produzidos através do processo de remoção de rochas, que podem ser fosfatados ou potássicos. Através de práticas industriais, são extraídos os nutrientes responsáveis por estimular as plantas e tornar os trabalhos mais produtivos.
O Brasil deixou de ser o país de quatro décadas atrás que importava alimentos para alimentar sua população, para se tornar o país “celeiro do mundo”, que alimenta todo o globo. Essa grande mudança de cenário deve ter impacto positivo em várias tecnologias empregadas na agricultura, entre elas, o uso de fertilizantes.
“A utilização do solo como um recurso de produção agrícola sustentável favorecendo a integridade do meio ambiente, evitando sua manipulação física, química e biológica. O uso racional de fertilizantes também tem impacto positivo para mitigar a manipulação dos solos cultivados, além de promover a manutenção de sua saúde e garantir o sustento da humanidade”, finaliza Schiavo.
Fonte: Denise Almeida