O plantio da safra de soja 2024/25 ainda está no início, mas avançou menos do que o que havia avançado no ciclo anterior. Uma das razões pode estar relacionada ao cenário desafiador atual, no qual os riscos do clima na agricultura afetam as lavouras. Saiba mais sobre isso e descubra como a adubação pode ajudar a enfrentar esses desafios!
O plantio de soja da safra 2024/25 no Brasil alcançou 4,1% da área total estimada no final da primeira semana de outubro. É o que mostram dados da consultoria Safras & Mercado.
Na semana anterior, ou seja, no final do mês de setembro, o plantio havia atingido 1,9% da área. Isso com os agricultores da região central do Brasil enfrentando uma seca e aguardando chuvas para intensificar os trabalhos.
Vale notar que esse resultado representa um atraso em relação ao mesmo período do ano anterior e à média histórica.
No mesmo momento do ano passado, 7,8% da área projetada já havia sido semeada, enquanto a média dos últimos cinco anos é de 5,5%, indicando um ritmo mais lento nesta temporada.
No Paraná, o plantio avançou significativamente, com 24% da área já semeada, 11 pontos percentuais acima da semana anterior e superando a média histórica de 14% para o período. O Estado tem recebido boas precipitações, o que favorece o avanço dos trabalhos.
Já no Mato Grosso, o principal produtor de soja do país, o percentual de área semeada é de apenas 2%, um número bem inferior aos 14% registrados no mesmo período da safra anterior e abaixo da média histórica de 10%.
Isso de acordo com informações também divulgadas pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
No Mato Grosso do Sul, 4% da área estimada foi plantada até o momento, em comparação aos 6% alcançados no mesmo período do ano passado e 4,2% da média dos últimos cinco anos.
Em Goiás, o plantio começou nesta semana, cobrindo 1% da área prevista, número inferior aos 4% do ano anterior e à média histórica de 2,9%.
Por fim, em São Paulo, 3% da área já foi plantada, enquanto no mesmo período de 2023 o índice era de 4% e a média dos últimos cinco anos é de 3,6%.
O momento do plantio de soja é muito importante e fatores como o clima, que tem sido desafiador nos últimos tempos, podem afetar essa etapa e a lavoura de soja como um todo.
Nesse contexto, ações como uma adubação eficiente podem ajudar o agricultor a mitigar impactos.
A adubação é a principal forma de levar para a lavoura os nutrientes que as plantas precisam para crescer e se desenvolver adequadamente.
Todavia, existem nutrientes cujas funções na fisiologia e no metabolismo vegetal também podem ter papeis relevantes na forma como a lavoura consegue lidar com os riscos do clima na agricultura.
O potássio é um desses nutrientes. Ele faz parte do grupo dos macronutriente, devido às altas quantidades requeridas dele pelas plantas. De fato, ele normalmente é o segundo mais requerido pelas lavouras.
Além de funções que fazem com que ele seja reconhecido como o nutriente da qualidade agrícola, ele também está envolvido em outras que ajudam a minimizar a forma como os riscos do clima na agricultura afetam a lavoura.
Um exemplo é sua atuação nos processos osmóticos que regulam a abertura e o fechamento dos estômatos. Isso é importante porque bom funcionamento dessas estruturas se relaciona diretamente com a eficiência da evapotranspiração vegetal.
A consequência é que, quando as plantas conseguem realizar esse processo de maneira adequada, elas conseguem a lidar de maneira melhor com fenômenos como o estresse hídrico.
Outros nutrientes que auxiliam a melhorar a forma como as plantas lidam com os riscos do clima na agricultura são o fósforo e o boro. Isso porque eles são fundamentais na formação do sistema radicular.
Como as raízes são essenciais para a captação de água e nutrientes pelas plantas, um sistema radicular bem formado propicia a possibilidade de que as plantas suportem de maneira melhor condições como o estresse hídrico, por exemplo.
Vale destacar o papel do silício, que é um elemento benéfico para as plantas. A inclusão dele no manejo traz muitos benefícios, já que ele tem interações significativas no metabolismo das plantas. Isso além de fortalecer os tecidos vegetais.
Entre as vantagens disso vantagens está justamente a indução da resistência a estresses abióticos, que incluem os relacionados aos riscos do clima. Isso além da melhoria da resistência vegetal a outros tipos de estresses, como os estresses bióticos.
No contexto da adubação, vale mencionar também como a eficiência dos fertilizantes é crucial para o sucesso dessa etapa do manejo.
Fonte: https://blog.verde.ag/pt/nutricao-de-plantas/plantio-de-soja-e-riscos-do-clima/