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A utilização de tecnologia de monitoramento – como sensores, drones e satélites – na coleta de dados sobre as atividades agrícolas aumenta a previsibilidade e definição de previsões do negócio. Já o uso de Inteligência Artificial (IA) pode servir para prever eventos climáticos extremos, estudar as condições do solo, dentre outros fatores relevantes para o agronegócio. É capaz de, segunda publicação recente da BRQ*, “revolucionar a produção agrícola. A partir dela, os agricultores têm à disposição informações valiosas para a tomada de decisões quanto às espécies de plantio, aos cuidados necessários, à gestão de risco e ao uso de insumos.”

Muito vantajosos também são os robôs agrícolas. Alguns modelos podem identificar e eliminar ervas orgânicas, como o robô Weeder, lançado pela Agtech estadunidense Carbon Robotics. O equipamento foi desenvolvido com a utilização das mais recentes tecnologias em robótica agrícola. “Ele se locomove de forma autônoma, é capaz de identificar e aplicar o laser para erradicar ervas específicas por meio de energia térmica, sem deficiências o solo e nem o meio ambiente. O equipamento permite que os agricultores utilizem menos mão de obra e economizem com herbicidas para remover as plantas específicas. Isso porque ele trabalha durante o dia ou a noite, conseguindo eliminar até 100 mil plantas planejadas por hora em uma cobertura ao redor de 10 hectares por dia. Isso garante maior confiabilidade, economia e rendimento da colheita”, informação publicação realizada no site Digital Agro**.

Por sua vez, através do Blockchain. De acordo com o blog Aegro***, com a tecnologia “é possível estabelecer mais segurança nas negociações digitais de produtos agrícolas. A blockchain permite compartilhar informações diversas, desde a produção no campo até a venda no varejo. Isso favorece a rastreabilidade de todo o setor”.

Esses são alguns exemplos das tecnologias já utilizadas pelo agronegócio e que geraram mudanças tanto qualitativas – alterando a forma de adesão e condução do negócio, contratos dos trabalhadores envolvidos, formato da entrega, etc. Consequentemente, têm influenciado e alterado, também, as relações jurídico-empresariais, inclusive no que diz respeito à segurança rural.

A maior previsibilidade proporcionada ajuda a antecipar o risco e agiliza a resposta do seguro, bem como auxilia na personalização e precificação do seguro rural, melhorando a gestão do sinistro. Por isso que o uso cada vez mais adiantado das tecnologias nas atividades do campo tem modernizado ainda mais a oferta dessa modalidade de seguro, tornando a relação contratual mais personalizada e identitária. 

Para além do já mencionado, pode-se dizer que imagens de satélite, uso de drones, sensores no maquinário pesado, monitoramento remoto de máquinas, programas de geolocalização, sistemas de análise de dados móveis, dentre inúmeras outras tecnologias disponíveis e uso pelos empresários e trabalhadores rurais, são ferramentas que servem de norte para a previsão do negócio e para a mencionada individualização do seguro rural a serem contratados.

Essas informações mais específicas sobre culturas, condições climáticas e outros fatores relevantes possibilitam o detalhamento detalhado das políticas de segurança e a estreita relação entre segurança e proteção, através da personalização específica. Além disso, plataformas digitais eficientes oferecem pelas seguranças facilitam a contratação do seguro, no acesso às condições e gestão da apólice, tornando o contato mais rápido e mais eficaz.

O avanço tecnológico no agronegócio vem, ainda, de encontro à demanda do campo pelo seguro rural, bem como “a informação mais acessível também contribui com o melhor planejamento dos empreendimentos, mitigando as perdas por adversidades climáticas e representando redução de custos de produção como o valor das políticas de segurança rural e a otimização do uso de insumos agropecuários”, conforme indica o pesquisador da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), Paulo Barroso ****.

Portanto, para além da modernização da relação entre segurança e segurança, os avanços tecnológicos do agronegócio e o acompanhamento dessas mudanças pelo setor de seguro rural trazem mais fortalecimento ao setor, segurança jurídica, proteção, preparação para as adversidades e, consequentemente, ainda maior protagonismo e competitividade no cenário global.

*Anelise Valente é advogada no Rücker Curi – Advocacia e Consultoria Jurídica.

Fonte: Cintia Vegas